terça-feira, 15 de maio de 2012


Alma de Esfinge


Indecifrável, assim eu sou.
Coração impenetrável
Como fora Tebas na presença da Esfinge.
Interrogo-me se um dia há de vir um Édipo para decifrar-me.

Se sim, que não demore,
Pois o tempo passa e não espera.
O tempo cruel deixa marcas, registra sua passagem,
Não se preocupa com os danos.

Só um Édipo há de me decifrar
Os que por aqui passaram, devorei-os todos.
A mim não souberam decifrar.

Não tardes! Vem decifrar-me, vem meu coração entender.
E assim fará a mim, também, compreender que não sou tal monstro
incapaz de amar antes de morrer.


A.R.MORAES

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