sexta-feira, 23 de março de 2012

Sem Caminho



“Entre a minha casa e a sua, há uma ponte de estrelas...” Estrelas lindas, que brilham radiantemente. Mas essas estrelas comuns, iguais as das noites de luar, elas são diferentes, pois seu brilho está composto pela força do amor. Todos os dias antes de dormir eu fico olhando aquela ponte e no passar da noite adormeço...
A manhã estava leve, parecia suspensa no ar. O canto dos pássaros, naquele momento fazia com que eu fechasse os olhos e por um instante me senti flutuando, com a brisa leve do vento batendo em meu rosto, acordei do meu sonho da manhã, pois lembrei que precisava visitar minha avó que morava no campo. Arrumei minhas coisas e sai.
O elevador estava com um perfume vagamente familiar, mas não conseguia lembrar a quem pertencia aquele aroma doce. Cheguei à casa de minha querida avó, como todos os finais de semana quando eu ia visitá-la. Esse não foi diferente. No final da tarde, me despedi dos meus familiares e fui embora. Quando cheguei em casa, a noite já estava alta, um bêbado passou cantando, eu observava pela janela. Como é diferente o campo da cidade, lá ar fresco, aqui poluição... Eu vou baixando a cabeça, debruçando-me naquela janela, que todos os dias me faz companhia. Penso na vida e outra vez me vem a lembrança de que tenho um compromisso. Volto ao elevador, aquela doce fragrância já havia sido abraçada pelo vento e ido embora com ele. Entro em um táxi com destino a um mundo desconhecido. Meu coração vai molemente dentro do táxi... Sem hora para chegar e sem destino, pois a vida quem faz somos nós, mas a minha está sem rumo à procura do meu amor.

Alice 
1º Ano médio

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